POLÍTICA –

Lula Rebate Ameaças de Trump e Defende Soberania dos Países do BRICS em Cúpula no Rio

Durante a recente cúpula do Brics, realizada no Rio de Janeiro, a ameaça do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor uma tarifa de 10% sobre países que se alinhassem ao bloco não gerou preocupação entre os líderes presentes. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o assunto não foi sequer mencionado durante as discussões.

Em uma coletiva de imprensa após o encontro, Lula destacou que a declaração de Trump, feita por meio de suas redes sociais, foi irresponsável. O presidente brasileiro disse que não via razão para comentar a provocação, considerando-a uma forma inadequada de comunicação por parte de um líder de uma potência global como os Estados Unidos. Lula enfatizou que as ameaças não têm lugar no diálogo diplomático e que a situação merece uma resposta mais séria.

Além disso, Lula reforçou o princípio da soberania dos países, afirmando que, caso os Estados Unidos decidam implementar tarifas, as nações afetadas têm o direito de adotar medidas semelhantes. “Existe a lei da reciprocidade,” destacou, sublinhando a importância do respeito mútuo nas relações internacionais. “Respeito é muito bom. A gente gosta de dar e gosta de receber,” completou, lembrando que cada país deve ter a liberdade de governar a si mesmo sem intromissões externas.

Em um outro ponto, Lula também se referiu às declarações de Trump sobre o ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro, que o norte-americano defendeu ao afirmar que ele está sofrendo uma perseguição. O presidente brasileiro respondeu com firmeza, afirmando que o Brasil possui suas próprias leis e regras, com a soberania pertencendo ao povo brasileiro. “Deem palpite na sua vida e não na nossa,” foi a frase que resumiu seu descontentamento em relação à interferência estrangeira em questões internas do Brasil.

A cúpula do Brics, que contou com a participação de 11 países membros e outros 10 parceiros, foi fortemente marcada pela defesa da autonomia nacional e pela reafirmação da união entre as nações do bloco em tempos de desafios globais e tensões diplomáticas.

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