As declarações de Lula surgem em um contexto no qual Trump tem adotado uma postura protecionista, prometendo aplicar tarifas abrangentes a diversos países com os quais os EUA possuem superávit comercial, como China, México e Canadá. Além disso, Trump anunciou uma taxa de 25% sobre as importações de aço e alumínio, afetando até mesmo países fornecedores essenciais como o Brasil.
Em relação ao atual panorama comercial entre Brasil e EUA, Lula destacou a igualdade na relação econômica entre os dois países, ressaltando que, embora os EUA exibam um superávit comercial em relação ao Brasil, a balança comercial é equilibrada, com trocas bilaterais significativas. Contudo, o presidente brasileiro reiterou que não deseja conflitos e busca por paz e tranquilidade nas relações comerciais internacionais, destacando seu interesse em manter um relacionamento estável com os Estados Unidos.
Diante das recentes medidas protecionistas adotadas por Trump, membros do governo brasileiro têm adotado uma postura cautelosa. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, enfatizou que o Brasil não precisa temer tais medidas, enquanto o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou que o Brasil não representa um problema comercial para os EUA, citando a discrepância nas taxas alfandegárias entre os produtos exportados e importados pelos dois países.
Em meio a essas incertezas comerciais, Lula também observou que Brasil e Estados Unidos celebram 200 anos de relações diplomáticas em 2025, destacando a importância da parceria entre os dois países. No entanto, o presidente ressaltou que ainda não teve oportunidade de conversar com Trump desde sua posse, enfatizando a importância do reconhecimento mútuo entre os dois países.
Diante desse panorama desafiador, o Brasil segue atento e preparado para responder de forma equilibrada a eventuais ações comerciais dos Estados Unidos, mantendo o foco na busca por uma relação comercial saudável e equitativa entre as duas nações. A postura de reciprocidade adotada pelo governo brasileiro reflete seu compromisso em preservar os interesses do país e garantir sua posição no cenário internacional.
