O presidente sublinhou que os países desenvolvidos carregam uma dívida que ultrapassa a casa dos US$ 1,3 trilhão anuais em virtude das emissões que contribuem para a crise climática. Ele manifestou a intenção de debater diretamente com líderes globais suas perspectivas sobre o aquecimento global e os alertas emitidos pela comunidade científica, sublinhando que é fundamental impedir uma maior elevação da temperatura planetária, que já está em curso.
Além dos temas climáticos, Lula garantiu que a educação ambiental será uma prioridade em seu governo, com a inclusão desta temática no currículo escolar. Em sua visão, as crianças desempenharão um papel vital, ensinando práticas de sustentabilidade a suas famílias, como a coleta seletiva de resíduos.
O presidente também abordou a exploração mineral no Brasil e anunciou a criação de um conselho que irá discutir estratégias para a utilização e comercialização de recursos minerais do país. Ele criticou o modelo atual, que foca na exportação de minérios brutos, alertando sobre o risco de dependência em relação a produtos industrializados. Segundo ele, é imprescindível maximizar o aproveitamento dos recursos naturais dentro do território brasileiro.
Lula também fez uma ressalva sobre a falta de conhecimento das potências estrangeiras em relação à realidade amazônica, onde habita uma população de cerca de 30 milhões de pessoas. Ele defendeu as iniciativas do seu governo em matéria ambiental, que resultaram na redução do desmatamento na Amazônia em 50%. O compromisso com o “desmatamento zero” até 2030 também foi reafirmado, com o presidente destacando a necessidade de cuidar da rica biodiversidade do Brasil, que garante não apenas a preservação ambiental, mas também a qualidade de vida dos trabalhadores que dependem desses ecossistemas para sua sobrevivência. Em sua visão, a proteção da floresta é fundamental para o bem-estar do povo brasileiro e para a sustentabilidade do país como um todo.