Lula chegou a Roma no dia anterior e, ao longo do evento, pretende abordar a temática do combate à fome no Brasil, um compromisso reiterado por ele durante sua administração. Em um evento recente em São Paulo, o presidente mencionou que, ao retornar ao governo em 2023, encontrou cerca de 33 milhões de brasileiros em situação de insegurança alimentar. Com as iniciativas implementadas, ele se sente confiante de que o Brasil pode novamente erradicar a fome em um período de aproximadamente dois anos e meio.
O Fórum Mundial da Alimentação, que se estende até o dia 18 de novembro, não apenas marca os 80 anos da FAO, mas também serve como uma plataforma para acelerar transformações nos sistemas agroalimentares, alinhando-se à Agenda 2030 e aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas. As discussões estão centradas em quatro áreas principais: produção, nutrição, meio ambiente e qualidade de vida, com foco em juventude, ciência, inovação e investimentos.
Além de sua participação no fórum, Lula também foi convidado para a primeira reunião com o papa Leão XIV, um encontro que simboliza a colaboração entre líderes políticos e religiosos na luta contra a fome e a pobreza global. Durante sua visita, o presidente se reunirá com representantes da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, uma iniciativa copresidida pelo Brasil e Espanha, com o objetivo de avaliar informações sobre a implementação de políticas de combate à fome em diversos países.
Um dos principais focos da aliança é a Iniciativa de Implementação Acelerada, que auxilia países como Etiópia, Quênia, Haiti, Ruanda e Zâmbia na construção de planos efetivos contra a fome e a pobreza. Os primeiros resultados dessa colaboração devem ser apresentados em um próximo encontro da ONU, em Doha, no Catar, onde também novos compromissos de financiamento e cooperação internacional serão discutidos.
Por fim, Lula também está programado para inaugurar o Mecanismo de Apoio da Aliança Global, que funcionará como um secretariado para a iniciativa e terá sedes em várias cidades ao redor do mundo, incluindo Brasília e Bangkok, fortalecendo a estrutura necessária para o avanço das políticas de combate à fome e à pobreza.
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