Com um discurso enfático, o presidente afirmou: “Nós temos que nos indignar com as desigualdades” e enfatizou que o governo possui a estrutura necessária para identificar e atender as demandas das populações mais vulneráveis. “Nós estamos aqui para procurar as pessoas e cuidar delas”, garantiu Lula, ressaltando a relevância da caravana, que visa a aproximação do governo federal da população.
O evento, que reuniu diversas autoridades, também contou com a presença do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que comemorou a inauguração de um novo centro de radioterapia em Itabira, Minas Gerais. Este centro, parte de um investimento total de R$ 53,7 milhões em cinco novas unidades em diferentes estados do Brasil, representa um avanço significativo no tratamento oncológico oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Padilha informou que a nova unidade da cidade de Itabira terá um acelerador linear e tecnologias avançadas para o tratamento do câncer, promovendo uma melhoria na assistência à saúde.
Além disso, a caravana em Minas Gerais não se limitou a serviços de saúde, mas também incluiu a entrega de novas unidades de saúde bucal, que irão atuar nas áreas rurais e nas periferias, destacando a necessidade de expandir o acesso à saúde. A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, complementou a discussão, reforçando que essa iniciativa é um trabalho conjunto entre diferentes ministérios e setores do governo, enfatizando que a colaboração é fundamental para um governo eficaz.
Lula também aproveitou a oportunidade para abordar questões orçamentárias, argumentando que a realidade dos pobres frequentemente é desconsiderada na elaboração do orçamento da União, e destacou a intenção de reformular a estrutura de distribuição de recursos.
Em um contexto mais amplo, o presidente expressou sua preocupação em relação às tensões internacionais, especialmente entre a Venezuela e os Estados Unidos, enfatizando sua crença na resolução pacífica de conflitos através do diálogo. Além disso, ele manifestou sua indignação frente à violência de gênero, reforçando que mudanças no sistema educacional são essenciais para enfrentar o feminicídio e a violência contra mulheres no Brasil.
Com a Caravana Federativa, o governo espera implementar um modelo mais inclusivo e acessível, buscando atender a população em sua totalidade, de maneira a reduzir as disparidades sociais que ainda persistem no país.
