O encontro entre os dois líderes deve abordar uma variedade de áreas de cooperação, que incluem ciência, tecnologia e inovação, energia, recursos minerais, e normas sanitárias e fitossanitárias. Desde 2008, Brasil e Indonésia mantêm uma Parceria Estratégica, uma iniciativa pioneira do Brasil no Sudeste Asiático. Esta colaboração tem se expandido para diversos setores, como comércio agrícola, bioenergia, defesa e desenvolvimento sustentável. Em um reflexo da evolução econômica entre os países, o intercâmbio comercial alcançou, em 2024, um marcante total de US$ 6,3 bilhões, com um superávit favorável ao Brasil de US$ 2,6 bilhões.
Durante a visita, Lula também irá participar do Fórum Econômico Brasil-Indonésia, onde terá a oportunidade de interagir com empresários dos dois países. A aproximação com nações asiáticas está entre as prioridades do governo brasileiro, especialmente considerando o potencial de expansão do comércio em um mercado que conta com cerca de 680 milhões de habitantes.
Esta viagem à Indonésia se configura também como uma resposta à visita oficial de Prabowo Subianto ao Brasil em julho, que ocorreu logo após a 17ª Cúpula do Brics, realizada no Rio de Janeiro. Na sequência de sua estadia na Indonésia, Lula tem agendado um encontro com o secretário-geral da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean), Kao Kim Hourn, na sede da organização.
Na tarde de sexta-feira, o presidente seguirá para Kuala Lumpur, na Malásia, onde participará da cúpula da Asean e do encontro de líderes do Leste Asiático. Um encontro com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está sendo discutido, embora ainda não tenha confirmação oficial. O Brasil é o único país da América Latina a manter uma Parceria de Diálogo Setorial com a Asean, enfatizando a importância das iniciativas de coordenação política e cooperação em múltiplos setores.