Um dos destaques da visita será a assinatura de cerca de 20 acertos em áreas de mutuo interesse, como vacinas, educação, ciência e tecnologia. Em uma coletiva de imprensa realizada no Palácio do Planalto, Lula expressou sua intenção em discutir assuntos relevantes no cenário global, incluindo a guerra entre Rússia e Ucrânia, a situação no Gaza e a parceria estratégica no setor de defesa, com ênfase em projetos de submarinos nucleares.
Além do envolvimento em diálogos diplomáticos, Lula planeja engajar-se com empresários brasileiros e franceses em busca de estimular investimentos no Brasil, promovendo o atual bom momento econômico nacional. Espera-se que a visita também resulte em uma nova declaração climática conjunta, além de um anúncio significativo de investimentos entre os dois países.
Com um comércio bilateral alcançando US$ 9,1 bilhões, a França se posiciona como um dos maiores investidores no Brasil, com um estoque superior a US$ 66,3 bilhões. Importante ressaltar que esta é a primeira visita de um presidente brasileiro à França desde 2012, um sinal da reaproximação diplomática entre as duas nações.
Durante a agenda, marcada para esta quinta-feira (5), Lula e Macron se reunirão no Palácio do Eliseu, a sede do governo francês. Outros eventos programados incluem a recepção do título de Doutor Honoris Causa na Universidade Paris 8 e uma homenagem na Academia Francesa, onde apenas 19 chefes de Estado, além de Lula, foram reconhecidos em quase quatro séculos de história.
Na sequência da agenda, o presidente também participará de atividades alusivas ao ano do Brasil na França, além de um Fórum Econômico que reunirá líderes empresariais dos dois países. Após esses compromissos, Lula seguirá para Mônaco, onde abordará questões relacionadas aos oceanos na Terceira Conferência das Nações Unidas, reunindo representantes de várias nações.
Ao retornar ao Brasil, Lula será anfitrião da Cúpula Brasil-Caribe, que reunirá 15 líderes regionais, além de considerar um convite para participar do G7 no Canadá. A visita a Paris, portanto, não apenas simboliza um passo importante nas relações internacionais do Brasil, mas também marca um retorno do país ao cenário diplomático global.
