Em seu discurso, Lula ressaltou a importância do Ministério Público para a sociedade brasileira e destacou que um procurador não deve se submeter a pressões de outros poderes, incluindo a presidência da República, da Câmara ou do Senado, assim como não deve se submeter a manchetes de jornais ou canais de televisão. O presidente também expressou sua intenção de escolher com mais critério um procurador-geral, indicando alguém que não faça denúncias falsas.
Essa declaração de Lula vem em meio à controvérsia em torno da atuação do Ministério Público na Operação Lava Jato, que resultou na condenação e prisão do próprio Lula em 2018. O Supremo Tribunal Federal posteriormente anulou as condenações, enfraquecendo a confiança do ex-presidente na atuação do MP.
O presidente destacou a importância do respeito à Constituição e a necessidade de evitar acusações levianas, ressaltando que elas não fortalecem a democracia nem as instituições. Lula ainda alertou para o perigo de pressupor que todo político é corrupto e expressou sua confiança de que o Ministério Público deve jogar o jogo da verdade.
No mesmo evento, o novo procurador-geral da República, Paulo Gonet, também fez seu discurso e destacou que a atuação do MP deve ser técnica e não buscar holofotes. Gonet substitui Augusto Aras, com quem a vice-procuradora Elizeta Ramos assumiu interinamente a liderança do órgão.
Paulo Gonet é formado em Direito, mestre em Direitos Humanos Internacionais e doutor em Direito. Ele possui uma extensa carreira no Ministério Público Federal, em diversos cargos de destaque, e também é professor universitário e autor de publicações na área do Direito.
Com a mudança de comando na Procuradoria-Geral da República, o Brasil inicia uma nova etapa na atuação do Ministério Público, com a expectativa de imparcialidade e respeito aos princípios democráticos e constitucionais.
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