Em tom descontraído, Lula começou a conversa com Trump mencionando que ambos estão prestes a completar 80 anos, ele em outubro e Trump em junho do próximo ano. “Com esta idade, tenho autoridade para falar mais firmemente”, brincou o presidente brasileiro, deixando claro que a amizade e a colaboração são as bases desejáveis para o diálogo entre os dois líderes.
Lula enfatizou que Brasil e Estados Unidos, como as maiores democracias do Ocidente, têm a responsabilidade de transmitir uma mensagem de harmonia ao mundo, evitando discordâncias que possam impactar suas relações e, por consequência, a estabilidade global. Ele reiterou a importância de discutir abertamente as divergências, afirmando que não existem temas proibidos para o diálogo. A abordagem pacífica e democrática é fundamental para resolver quaisquer desavenças que possam surgir.
O presidente brasileiro destacou que suas interações com líderes estrangeiros sempre foram pautadas pelo respeito, independentemente das diferenças ideológicas. Para ele, o tratamento respeitoso deve ser uma via de mão dupla, onde ambos os líderes reconhecem a legitimidade um do outro, fortalecendo laços em vez de criá-los com base na divergência.
Além disso, Lula ressaltou a necessidade de que o Brasil não se torne refém das relações com outras nações ou do humor de seus líderes. Ele enfatizou a importância do respeito mútuo, afirmando que a dignidade e a autoridade moral são fundamentais no cenário internacional. “Ninguém respeita quem não se respeita”, concluiu, deixando claro que o Brasil deve ficar firme em suas convicções e buscar sempre a paz e a cooperação, ao invés do conflito. Essa abordagem pragmática pode não apenas fortalecer as relações Brasil-EUA, mas também promover uma nova era de entendimentos no cenário global.