Em suas redes sociais, Lula expressou sua gratidão pela distinção, ressaltando que a homenagem não é apenas um tributo pessoal, mas um reconhecimento ao Brasil e ao seu povo. A Academia, que tem uma função relevante na cultura francesa e na regulamentação do idioma, utilizou a palavra “multilateralismo” como tema central, uma escolha alinhada com a ênfase do presidente na necessidade de colaboração global diante de desafios contemporâneos.
Durante seu discurso, Lula falou sobre a inovação que a utilização da terminação “ismo” adiciona ao conceito, passando de uma simples descrição de realidade para uma chamada à ação. Ele afirmou que o multilateralismo é essencial para enfrentar questões globais, como a emergência climática, o comércio e conflitos internacionais, demonstrando sua firme crença na importância da colaboração internacional.
“É insustentável manter ilhas de paz e prosperidade cercadas de violência e miséria”, enfatizou o presidente, referindo-se aos desafios atuais enfrentados pelo mundo. Lula defendeu a necessidade de fortalecer tanto as democracias dentro dos países quanto o multilateralismo no cenário internacional, argumentando que estas são interdependentes.
Após a cerimônia, Lula se encontrou com brasileiros que residem na França, onde falou sobre sua trajetória e as conquistas de seus mandatos, como a ampliação do acesso à educação superior. “Tenho o orgulho de ser o único brasileiro a ter sido eleito diretamente pelo povo para três mandatos presidenciais”, declarou, destacando seu compromisso com a luta contra a desigualdade.
A prefeita de Paris, Anne Hidalgo, também esteve presente e descreveu Lula como uma “lenda viva” de um país que clama por justiça social. A homenagem e a recepção calorosa em Paris ressaltam a relevância da figura de Lula no cenário político e social atual, tanto no Brasil quanto internacionalmente.
Ainda em sua visita oficial à França, o presidente brasileiro manteve reuniões com diversas lideranças e tratou de acordos que abrangem áreas cruciais, como saúde e educação. Essa viagem não é apenas um marco na relação entre Brasil e França, mas também reafirma o papel de Lula como uma voz ativa nos debates sobre o futuro da política global.