“Se alguém estiver com pessimismo, por favor, me procure para eu passar um pouco de otimismo para vocês”, disse o presidente, enfatizando sua confiança nas ações do governo. Para Lula, os números positivos até o momento reforçam essa posição. Apesar das preocupações com a crise internacional que o dólar tem causado globalmente, ele destacou que o Brasil mantém um equilíbrio notável, com crescimento nos índices de emprego, salários e massa salarial, além de uma queda no desemprego e uma inflação estabilizada.
O presidente também comentou o impacto da alta do dólar, que acumulou um aumento de 15,15% no primeiro semestre do ano, admitindo que isso pressiona as expectativas inflacionárias. O Banco Central já está considerando a possibilidade de elevar os juros para conter essa pressão. Em junho, a inflação, influenciada principalmente pelo grupo de alimentação e bebidas, registrou uma taxa de 0,21%, uma queda em relação a maio, segundo o IBGE. No entanto, as expectativas ainda estão acima da meta, o que mantém agentes econômicos cautelosos.
Lula relembrou a importância do Novo PAC em fornecer uma direção clara para o governo. “Criamos o PAC para dar ao governo um compromisso de trabalho uniforme, evitando que cada ministério siga uma política isolada”, explicou. Ele reafirmou o compromisso do governo em desenvolver programas voltados principalmente para os mais pobres, destacando a importância de elevar o status econômico e social dos cidadãos menos favorecidos.
Durante a transmissão ao vivo do início da reunião, Lula passou a palavra a Rui Costa, ministro da Casa Civil e coordenador do Novo PAC. Outros ministros, como Fernando Haddad (Fazenda) e Alexandre Padilha (Relações Institucionais), também discutiram questões econômicas e a articulação política. Lula alertou sobre as mudanças iminentes nos comandos da Câmara e do Senado, que exigem cautela para garantir a estabilidade governamental.
Outro ponto de destaque foi a segurança pública. Lula sublinhou a necessidade de combater o crime organizado e anunciou a inclusão do Sistema Único de Segurança Pública (Susp) na Constituição Federal, um tema discutido recentemente com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski. O governo planeja enviar uma proposta de emenda constitucional para ampliar as atribuições da União em segurança pública, sem interferir na autonomia estadual.
Enfatizando a necessidade de uma colaboração mútua, Lula afirmou: “Queremos compartilhar ações conjuntas, com definição concreta na Constituição do papel de cada um”. O ministro Lewandowski continuará as discussões sobre a proposta em reunião com governadores das regiões Sul e Sudeste.
Com um otimismo que pretende contagiar todo o governo, Lula acredita que os esforços coletivos e coordenados poderão enfrentar e superar os desafios econômicos e sociais do país, sempre com um olhar voltado para aqueles que mais precisam.
