“Não podemos fazer apenas desoneração sem dar contrapartida aos trabalhadores, eles precisam ganhar alguma coisa. A empresa deixa de contribuir sobre a folha e o trabalhador ganha o quê? Não tem nada escrito [na lei] que ele vai ganhar R$ 1 a mais no seu salário”, disse o presidente.
Recentemente, Lula vetou integralmente o projeto de lei que buscaria estender até 2027 a desoneração da folha de pagamento de 17 setores da economia, medida que foi inicialmente estabelecida como forma de impulsionar o emprego e o crescimento econômico. Para o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, o veto deve ser analisado pelo Congresso Nacional ainda este ano, e os parlamentares poderão mantê-lo ou derrubá-lo.
Setores como confecção e vestuário, construção civil, call center e tecnologia da informação (TI) estavam entre os beneficiados pela desoneração da folha de pagamento. No entanto, o presidente Lula afirmou que a medida não garante a geração de empregos, e o ministro da Fazenda Fernando Haddad também defendeu o veto, argumentando que a desoneração da folha é inconstitucional e provoca distorções no sistema tributário, sem trazer ganhos efetivos à economia.
Além disso, Lula destacou que está trabalhando em uma nova legislação sindical para o país, visando fortalecer a relação entre capital e trabalho, em consonância com a preservação da democracia e o fortalecimento das empresas. Segundo o presidente, a negociação envolve líderes sindicais, dirigentes empresariais e o governo, e tem como objetivo promover uma legislação sindical mais equitativa e favorável aos trabalhadores.
Em suma, as declarações do presidente refletem o debate em torno das políticas de desoneração da folha de pagamento no Brasil e as possíveis alternativas para impulsionar o emprego e a economia, bem como as medidas para fortalecer a relação trabalhista e sindical no país.