Em uma declaração à imprensa na madrugada de quinta-feira, Lula destacou como os sistemas de pagamento como o Pix brasileiro e o Qris indonésio podem facilitar transações não apenas entre as duas nações, mas também entre os demais países integrantes do Brics, que inclui potências como Rússia, China, Índia e África do Sul. O presidente enfatizou que esses modelos de pagamentos podem servir como inspiração para desenvolver novas medidas que promovam a comercialização em moedas locais, reforçando a ideia de que é necessário avançar na autonomia financeira.
Lula reiterou que essa estratégia de diversificação e facilitação do comércio integra uma visão mais ampla do Brasil em fortalecer suas parcerias internacionais. “O século XXI exige que tenhamos a coragem que não tivemos no século XX. Precisamos mudar nossa abordagem comercial e não depender de ninguém”, afirmou, defendendo um modelo multilateral como alternativa ao unilateralismo.
Em um encontro posterior com empresários, o presidente reafirmou seu compromisso com a liberdade de comércio entre as duas nações, insistindo na importância de utilizar as moedas locais para transações. Ele argumentou que essa autonomia é uma evolução necessária que deve ter sido implementada há mais tempo. Durante essa reunião, Lula também criticou as medidas unilaterais que distorcem o comércio e limitam a integração econômica, afirmando que o fortalecimento do setor privado, através de parcerias e projetos conjuntos, será fundamental para transformar a afinidade diplomática em um crescimento econômico sustentável e compartilhado.
Dessa forma, Lula assegurou que Brasil e Indonésia continuarão a construir um futuro de cooperação, desenvolvimento e justiça social, estabelecendo um novo paradigma nas relações comerciais entre os dois países.