Em resposta às ameaças do governo de Donald Trump de impor tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, consideradas pelo presidente uma “chantagem inaceitável”, Lula destacou que sua administração optará pelo diálogo e pelo multilateralismo. Ele revelou que, desde maio, o Brasil vem tentando negociar com os Estados Unidos, realizando mais de dez reuniões, mas foi surpreendido por informações econômicas distorcidas que justificam as hostilidades do governo americano.
Lula declarou que a defesa da soberania nacional é prioritária. Ele expressou indignação ao perceber que algumas figuras políticas no Brasil apoiam essas táticas tarifárias. “São traidores da pátria”, disparou, ressaltando que esses políticos desconsideram os danos à economia brasileira e ao povo. O presidente também abordou a fiscalização das plataformas digitais, destacando que todas as empresas operando no Brasil devem seguir a legislação local.
Em relação ao sistema de transferências instantâneas conhecido como Pix, Lula defendeu sua integridade e importância, afirmando que não aceitará ataques a esse patrimônio nacional. Ele apresentou dados robustos para contrabalançar as alegações dos Estados Unidos sobre práticas comerciais desleais, sublinhando que o Brasil mantém um superávit comercial favorável com o país norte-americano.
O presidente ainda ressaltou as conquistas do Brasil na área ambiental, afirmando que o país reduziu pela metade o desmatamento na Amazônia em dois anos e que o objetivo é eliminá-lo até 2030. Para Lula, não existem vencedores em guerras tarifárias, e ele reafirmou a disposição do governo em seguir buscando boas relações diplomáticas e comerciais, não apenas com os Estados Unidos, mas com todas as nações. Ele finalizou sua fala ressaltando que o Brasil pertence ao seu povo e que a luta pela justiça e pela proteção dos direitos deve ser constante.