Além de reiterar sua posição firme em relação à soberania, o presidente expressou uma disposição para continuar o diálogo com os norte-americanos, enfatizando sua preferência por negociações pacíficas e construtivas. “Nós gostamos de negociar. E não queremos conflito. Não quero conflito nem com o Uruguai, nem com a Venezuela, quanto mais com os Estados Unidos”, afirmou, ressaltando a importância das relações diplomáticas para o Brasil.
Durante sua fala, Lula também mencionou a necessidade de diversificar parcerias comerciais, afirmando que o governo não pode simplesmente substituir os atuais parceiros, mas sim procurar novas oportunidades. Em suas palavras, ele se dispôs a “vender qualquer coisa”, destacando uma ligação realizada com o presidente da China, Xi Jinping. “Nós vamos continuar vendendo as coisas do Brasil. Se os Estados Unidos não querem comprar, vamos procurar outro país”, disse Lula, sinalizando um movimento em direção a novos mercados.
Ele garantiu que já foram feitos esforços para fortalecer relações com a Índia, com a perspectiva de reunir cerca de 500 empresários brasileiros em janeiro, especialmente focando no setor farmacêutico. Lula concluiu sua fala lembrando que, em vez de lamentar as perdas, é fundamental buscar novas oportunidades de ganho. “O mundo é grande e está ávido para fazer negócios com o Brasil. Todo mundo sabe que nós somos do bem e que não queremos brigar com ninguém. No entanto, é importante lembrar que não merecemos essa situação, que também afeta muitos outros”, finalizou, enfatizando a necessidade de resiliência diante das dificuldades enfrentadas pelo país.