Na nota, Lula ressaltou que o Brasil é um país comprometido com a soberania, a democracia e o respeito aos direitos humanos, defendendo uma convivência pacífica entre as nações e o multilateralismo, que têm sido pilares fundamentais para o fortalecimento da economia e a autonomia da política externa do país. Ele considerou inaceitável a interferência dos EUA nas questões judiciais brasileiras.
O presidente expressou solidariedade ao ministro Moraes, afirmando que as sanções internacionais são motivadas por ações de políticos brasileiros que promovem interesses pessoais em detrimento da pátria e do povo. Para Lula, um dos princípios fundamentais da democracia é a independência do Judiciário, e qualquer tentativa de debilitá-lo representa uma ameaça ao regime democrático.
Além disso, Lula chamou a atenção para o fato de que, no Brasil, a legislação se aplica a todas as empresas e cidadãos, incluindo as plataformas digitais, quando se trata de preservar a vida democrática e a segurança da população. Ele destacou a rejeição da sociedade brasileira a conteúdos de ódio, racismo e outras formas de discriminação que ameaçam a democracia.
O presidente criticou a utilização de justificativas políticas para fundamentar as medidas comerciais dos EUA contra o Brasil, indicando que essas ações violam a soberania nacional e prejudicam as relações históricas entre os dois países.
Por fim, Lula garantiu que o Brasil está aberto a discutir aspectos comerciais da relação bilateral, mas não abrirá mão dos mecanismos de defesa previstos em sua legislação, como a Lei de Reciprocidade Comercial. O governo já iniciou a análise dos impactos dessas medidas e está elaborando estratégias para proteger os trabalhadores e as famílias brasileiras. As palavras de Lula deixaram claro seu compromisso em manter uma postura firme frente a ações que possam prejudicar a autonomia e a dignidade do Brasil no cenário internacional.
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