POLÍTICA – Lula Defende Belém e Rebate Críticas de Primeiro-Ministro Alemão sobre Conferência Climática na Cidade Amazônica

Na última terça-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva utilizou uma cerimônia oficial para responder a um comentário feito pelo primeiro-ministro alemão, Friedrich Merz, que havia comparado de maneira depreciativa a cidade de Belém, no Pará, a Berlim, capital da Alemanha. A declaração de Merz, dada no dia 13 de novembro, trouxe à tona uma discussão sobre as percepções internacionais a respeito do Brasil, especialmente em preparação para a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP30, que será realizada em Belém.

Durante a cerimônia de inauguração de uma ponte que interliga Xambioá (TO) a São Geraldo do Araguaia (PA), Lula destacou que Belém e o estado do Pará têm muito a oferecer, mesma que muitos não reconheçam essas qualidades. Ao rebater a crítica de Merz, o presidente enfatizou que a capital alemã, por mais prestigiada que seja, não chega “a 10% da qualidade” que Belém e o Pará podem fornecer. Sua declaração foi vista como uma defesa não apenas da cidade, mas também do potencial turístico e cultural da região amazônica.

O comentário do primeiro-ministro alemão gerou controvérsia e levantou questões sobre a falta de familiaridade de alguns visitantes estrangeiros com as riquezas locais. Lula sugeriu que Merz deveria ter explorado mais a cultura paraense, como o variado cardápio gastronômico ou as tradições da região, enfatizando que essa experiência poderia desmistificar preconceitos e ampliar a apreciação pela diversidade cultural brasileira.

O presidente também recordou que a escolha de Belém para sediar a COP30 não foi unânime, enfrentando críticas sobre a logística e até mesmo sobre os preços de produtos básicos, embora ele tenha ironizado o fato de que muitos não questionam valores absurdos de serviços em grandes aeroportos internacionais. Ele assim defendeu a importância da realização do evento fora dos grandes centros urbanos, destacando que é uma oportunidade para redescobrir e valorizar as peculiaridades da Amazônia e de sua população.

Com essa resposta, Lula não apenas procurou afirmá-la como uma questão de identidade e orgulho regional, mas também trouxe à tona um debate sobre a valorização das distintas culturas brasileiras no cenário internacional.

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