O presidente destacou seu impacto pessoal diante dessa situação, mencionando que sua esposa, Janja, tinha se emocionado ao acompanhar as notícias de feminicídios recentes. Ele enfatizou a necessidade de uma “luta mais dura” contra a violência que homens exercem sobre mulheres e trouxe à tona casos trágicos que ocorreram nos últimos dias, como o de um homem que disparou contra sua ex-companheira em uma pastelaria em São Paulo, e o de outro que atropelou e arrastou uma mulher grávida por um quilômetro, resultando em amputações.
Esses relatos alarmantes refletem uma realidade sombría: em apenas janeiro deste ano, 207 mulheres foram assassinadas no estado de São Paulo. Tal marca evidencia a urgência de se discutir e combater o fenômeno do feminicídio, que é caracterizado pela morte de uma mulher em virtude de seu gênero, frequentemente relacionado a um histórico de violência e discriminação.
Lula conclamou todos os homens a se tornarem aliados na luta contra essa prática desumana, sugerindo que é responsabilidade de cada um educar e respeitar as mulheres ao seu redor. Ele pediu um movimento nacional, onde os homens atuem contra as violações de direitos das mulheres, enfatizando que a violência não é uma solução e que é preciso um esforço coletivo para transformar a narrativa em torno do comportamento masculino.
Além das considerações sobre violência de gênero, o presidente também anunciou investimentos significativos na Refinaria Abreu e Lima, que necessita de cerca de R$ 12 bilhões para aumentar sua capacidade de processamento. Ao unir questões de gênero às iniciativas de desenvolvimento econômico, Lula busca não apenas apresentar um novo modelo de liderança, mas também reforçar a importância da responsabilidade social dentro das pautas governamentais. Essa abordagem sugere uma visão abrangente, em que a evolução da sociedade vai além da economia e se entrelaça com o respeito à dignidade humana.
