O presidente brasileiro destacou que a conferência servirá como um espaço para que os líderes mundiais discutam seriamente as mudanças climáticas e sua relação com a ciência. Ele ressaltou a urgência do problema e a necessidade de ação, afirmando que cada governo terá a responsabilidade de se posicionar perante as evidências científicas sobre as alterações climáticas. “Eles terão que declarar se acreditam ou não que precisamos agir para evitar que o aquecimento global ultrapasse 1,5ºC”, disse Lula, cuja declaração reacende a chama da luta ambiental em um cenário global marcado por desconexões entre promessas e realidades.
Lula estava presente na abertura da 4ª Conferência Nacional de Economia Popular e Solidária (Conaes), onde também trouxe à tona questões relativas à dívida histórica dos países ricos com o Brasil e outras nações em desenvolvimento, a qual ultrapassaria US$ 1,3 trilhão anualmente em questões ligadas às mudanças climáticas. O presidente argumentou que essa dívida não é apenas uma questão financeira, mas também ética, reforçando a necessidade de um compromisso genuíno para com o meio ambiente.
Além dos aspectos financeiros, Lula fez um apelo emocional e humanitário. Ele afirmou que por trás de cada árvore da Amazônia existe uma comunidade viva – indígenas, pescadores, e pequenos agricultores que dependem da floresta para sua subsistência. “É crucial que aqueles que defendem a preservação da Amazônia compreendam que por trás desse discurso existem pessoas que lutam diariamente por sobrevivência”, concluiu, ressaltando a importância da Amazonia não somente como um patrimônio ambiental, mas como um espaço vital para a vida humana. O convite a Trump, portanto, não é apenas uma formalidade diplomática, mas uma tentativa de mobilizar esforços globais em um momento crítico para o futuro do planeta.
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