A saída do país do Mapa da Fome foi anunciada recentemente pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO). Para se definir um país como emergindo do status de insegurança alimentar crônica, é preciso que menos de 2,5% da população sofra de subnutrição grave, patamar que o Brasil alcançou após ter retornado ao mapa entre 2018 e 2020. Agora, com dados mais promissores para o triênio 2022-2024, o país demonstra que é possível avançar em questões tão relevantes.
Lula criticou a falta de atenção de muitos governantes globais para a questão da fome, demonstrando uma conexão emocional com o tema. Em sua fala, ele mencionou a importância do Consea, conselho que atua em parceria com a sociedade civil, na formulação e acompanhamento de políticas públicas para a segurança alimentar.
“Fazer discursos é fácil, mas cuidar das pessoas que realmente sofrem com a fome exige empatia”, afirmou, evocando sua própria experiência de dificuldades na juventude. O presidente se emocionou ao relembrar momentos em que passou fome, ao lado de colegas de trabalho que desfrutavam de refeições, fazendo ecoar seu apelo sobre a importância de vivenciar essas realidades para compreender a dor profunda que a fome provoca.
Durante o evento, Elisabetta Recine, atual presidenta do Consea, também abordou a rápida reativação e a eficácia na luta contra a insegurança alimentar, destacando que, mesmo com a adversidade enfrentada nos últimos anos, o Brasil mantém capacidades de implementar políticas que atendam às necessidades da população mais vulnerável. Atualmente, cerca de 7 milhões de brasileiros ainda viver em situação crítica de insegurança alimentar, sublinhando a necessidade de um enfoque integrado e contínuo para resolver esses problemas fundamentais.
A celebração da saída do mapa não é o fim do caminho, mas sim um chamado à ação contínua, para que o Brasil não apenas mantenha suas conquistas, mas prossiga avançando na erradicação da fome e na promoção da dignidade alimentar para todos.