POLÍTICA – Lula Assina Projeto de Lei Antifacção em Regime de Urgência Após Tragédia no Rio de Janeiro, Aumentando Penas e Criando Banco de Dados Nacional.

Nesta sexta-feira, 31 de março, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu um passo significativo no combate ao crime organizado ao assinar o projeto de lei denominado Antifacção. A iniciativa será enviada ao Congresso Nacional em regime de urgência, conforme confirmado pela Secretaria de Comunicação do governo. A proposta foi elaborada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública e recebeu apenas pequenas adaptações de redação antes de sua apresentação oficial.

A proposta surge em um contexto marcado pela recente tragédia da Operação Contenção, que resultou na morte de 121 pessoas no Rio de Janeiro. O foco principal do projeto é endurecer as penas para lideranças e membros de organizações criminosas. Se aprovado, a nova legislação possibilitará que aqueles condenados por “organização criminosa qualificada” enfrentem penas que podem chegar a 30 anos de prisão, criando um novo tipo penal.

Um dos principais objetivos do projeto é estabelecer um banco de dados nacional para catalogar informações sobre facções criminosas. Esse recurso permitirá a coleta de dados estratégicos que serão úteis nas investigações e no rastreamento dessas organizações. Além disso, a proposta inclui medidas para reduzir rapidamente os recursos financeiros disponíveis para esses grupos, incluindo a apreensão imediata de bens e valores suspeitos.

Outras ações previstas incluem a infiltração de policiais nas organizações durante as investigações, permitindo a criação de pessoas jurídicas fictícias para facilitar esse processo. O monitoramento de encontros entre detentos e membros de organizações também será autorizado, visando desmantelar conexões entre grupos criminosos.

O texto ainda propõe um aumento nas penas para a organização criminosa simples, ampliando-as de 3 a 8 anos para um intervalo de 5 a 10 anos de prisão. Casos qualificados, caracterizados por aliciamento de menores ou participação de servidores públicos, terão penas ainda mais severas, podendo ser consideradas hediondas e, portanto, inafiançáveis.

O presidente Lula ressaltou em suas redes sociais a importância da proposta, afirmando que ela fortalece o Estado e as forças policiais na luta contra as facções criminosas. Ele enfatizou que a erradicação desse tipo de crime demandará um esforço conjunto entre as diversas esferas de governo. O presidente solicitou ao Congresso uma tramitação ágil, argumentando que as famílias brasileiras merecem urgência nas ações de combate ao crime organizado.

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