Durante sua visita à cidade, o presidente acompanhou as obras de infraestrutura voltadas para a conferência e concedeu uma entrevista a uma emissora local. Ele ressaltou o caráter acolhedor dos belenenses, muitos dos quais estão disponibilizando seus próprios lares para alugar a delegações. De acordo com Lula, essa solidariedade é comparável à que se observa em Santa Catarina durante a temporada de verão, quando um influxo de turistas argentinos busca acomodações na região.
Entretanto, a elevação nos preços de hospedagem em Belém levantou preocupações entre autoridades e representantes da sociedade civil, que temem que a participação de delegações de países menos favorecidos possa ser comprometida. Em resposta, a Organização das Nações Unidas ajustou o valor destinado a apoio para hospedagem, elevando-o de US$ 144 para US$ 197 por dia. Além disso, o governo brasileiro anunciou a disponibilização de 2.500 quartos individuais a valores subsidiados, que variam de US$ 100 a US$ 600, para facilitar a participação.
A expectativa é que cerca de 45 mil pessoas compareçam ao evento, o que exige uma quantidade superior aos 18 mil leitos habitualmente disponíveis na cidade. Para suprir essa demanda, a cidade contará com a utilização de dois navios de cruzeiro, que servirão como hotéis temporários, com capacidade para até 6 mil leitos. Também estão em construção três novos hotéis de alto padrão, complementando a estrutura local.
Em um incidente separado, Lula teve um contratempo durante sua viagem a ilha do Marajó, quando a aeronave que o transportava apresentou problemas técnicos que forçaram uma troca de avião. Ele expressou alívio por não ter ocorrido um acidente durante o voo, revelando uma vez mais que temas relacionados à segurança aérea têm sido recorrentes em sua experiência como presidente. Essas situações, somadas aos desafios de organização da COP30, ilustram a complexidade do momento político e logístico que o Brasil enfrenta em meio a um evento de tal magnitude.