O chefe do Executivo brasileiro expressou sua preocupação com a impunidade em relação às grandes corporações de tecnologia. Ele criticou a recente posição do governo dos Estados Unidos, que trouxe à tona a resistência das grandes empresas de tecnologia americanas em aceitar regulamentações. Lula lembrou que uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) estabeleceu a responsabilidade das plataformas pelo conteúdo que circula em suas redes. “Se houver algo grave, a responsabilidade recai sobre a plataforma”, afirmou o presidente, reforçando sua determinação em que as gigantes da tecnologia respeitem as normas brasileiras.
Com relação ao andamento do projeto, Lula revelou que ele está sendo discutido há cerca de dois meses na Casa Civil. Ele antecipou que, no dia seguinte à entrevista, a proposta estaria em sua mesa para resolver as divergências existentes entre os ministros antes de ser encaminhada ao Legislativo.
O presidente ainda abordou a questão da segurança infantil nas redes sociais, ressaltando que não pode haver complacência quando se trata da proteção de crianças e adolescentes contra crimes como ataques e pedofilia. “É inadmissível que não garantamos a tranquilidade deles”, afirmou, citando um caso recente relacionado a um influenciador.
Além disso, Lula aproveitou a oportunidade para expressar a esperança de, em algum momento, se encontrar com o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para discutir assuntos políticos de forma civilizada, ressaltando a importância do diálogo entre líderes globais. A proposta de regulamentação das redes sociais, portanto, dialoga com a necessidade de responsabilidade e segurança no uso dessas plataformas, uma questão cada vez mais relevante na sociedade contemporânea.