O presidente compartilhou a história de uma jovem quilombola, atualmente estudante de doutorado em Brasília, como um exemplo inspirador. Ele explicou que a trajetória de sucesso dela é, em parte, resultado de políticas públicas que possibilitam o acesso à educação superior. A afirmação de Lula sobre a importância de permitir que pessoas provenientes de comunidades marginalizadas consigam avançar em seus estudos reflete uma diretriz do governo em promover a equidade educacional.
Uma das principais iniciativas anunciadas foi o investimento de R$ 1,17 bilhão para a construção de 249 escolas focadas em atender comunidades indígenas e quilombolas, parte do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Esses esforços visam não só a expansão do número de instituições, mas também a melhoria da infraestrutura de educação em regiões como os territórios Yanomami e Ye’Kwana.
Além disso, foi assinada uma portaria sobre a Política Nacional de Educação Escolar Indígena, que busca organizar a educação de acordo com as especificidades de cada grupo, levando em conta suas realidades sociais, culturais e linguísticas. A ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, ressaltou os desafios que ainda persiste, como as altas taxas de analfabetismo entre indígenas e a precariedade das escolas nessas comunidades.
No contexto mais amplo, o governo encontrou espaço para o lançamento de novas políticas educacionais, incluindo o Programa Escola Nacional Nego Bispo, que visa integrar saberes tradicionais afrobrasileiros e indígenas na formação de professores. Também foi oficializada a Política Nacional de Educação do Campo, que busca ampliar o acesso à educação para populações rurais.
A cerimônia integrou o 1º Encontro Regional de Educação Escolar Quilombola do Sudeste, promovendo um diálogo direto entre o governo e as comunidades locais. Uma das ações relevantes foi a criação da moradia estudantil do Campus Quilombo Minas Novas, uma iniciativa que prioriza o atendimento a alunos de comunidades tradicionais.
O reconhecimento de tradições culturais também teve destaque, com Lula conferindo o título de patrimônio cultural brasileiro aos “Saberes do Rosário: Reinados, Congados e Congadas”, expressões da rica ancestralidade afrobrasileira. Este reconhecimento não só valoriza a cultura, mas também garante sua preservação e continuidade.
Com uma série de iniciativas voltadas para a educação e preservação cultural, o governo sinaliza um compromisso com a inclusão e valorização das populações tradicionais no Brasil, um passo significativo rumo à equidade e respeito às diversidades presentes no país.