Brazão, que estava afastado do cargo por suspeita de fraude e corrupção, foi preso em março deste ano juntamente com seu irmão, o deputado federal Chiquinho Brazão, e o ex-chefe da Polícia Civil do Rio, Rivaldo Barbosa. Eles são apontados como possíveis mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, ocorrido em março de 2018. Os três estão atualmente detidos preventivamente em penitenciárias federais fora do Rio de Janeiro.
A medida judicial atendeu a uma ação popular movida pelo deputado federal Tarcísio Motta Carvalho (Psol-RJ), que buscou suspender a conversão das férias acumuladas de Brazão em dinheiro. A juíza determinou ainda a intimação urgente do TCE, com prazo de 24 horas para cumprimento da ordem judicial, sob pena de responsabilização criminal.
Em meio a críticas e indignação, Tarcísio Motta destacou que a conversão das férias não gozadas por Brazão em pecúnia representaria mais meio milhão de reais em sua conta, o que ele considerou um absurdo. O deputado ressaltou a importância de combater o poder econômico e político das milícias, citando a decisão judicial como uma forma de enfrentamento.
A suspensão do pagamento das férias não tiradas por Domingos Brazão é mais um capítulo nesse complexo caso que envolve corrupção, crime organizado e violência. A decisão da Justiça reacende o debate sobre a necessidade de combater o poder paralelo das milícias no Rio de Janeiro e de garantir a transparência e a moralidade nas instituições públicas.