O cirurgião Cláudio Birolini, que liderou a equipe, detalhou que a hérnia do lado esquerdo do abdômen estava em fase inicial, enquanto a do lado direito era mais pronunciada. Ele destacou que a decisão de operar ambos os lados agora pode evitar um agravamento do quadro que levaria a uma cirurgia futura. Durante o procedimento, uma tela de polipropileno foi implantada na parede abdominal para reforçar a área e prevenir novas hérnias.
A previsão é que Bolsonaro passe entre cinco e sete dias em observação no hospital, submetido a fisioterapia e outros procedimentos para evitar complicações, como tromboembolismo venoso. Além disso, a equipe médica acompanhará a necessidade de iniciar um tratamento para os soluços persistentes que têm afetado a qualidade de vida do ex-presidente nos últimos meses, uma preocupação que, segundo o cardiologista Brasil Ramos Caiado, pode prejudicar sua respiração e sono, dificultando a recuperação.
Caiado afirmou que nos próximos dias a equipe intensificará o tratamento medicamentoso de Bolsonaro e examinará a necessidade de um novo procedimento cirúrgico para resolver o problema dos soluços, com uma provável avaliação marcada para a próxima segunda-feira, 29 de outubro.
Enquanto isso, Bolsonaro cumpre pena de 27 anos e três meses de prisão devido a sua condenação relacionada aos eventos de 8 de janeiro de 2023, quando ocorreu um ataque aos Três Poderes. Desde 25 de novembro, ele está detido na Superintendência da Polícia Federal em Brasília. Durante sua internação, a segurança é máxima, com vigilância contínua de agentes da PF, tanto na porta do quarto quanto nas imediações do hospital. A ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro, também o acompanhou durante essa jornada médica.
