POLÍTICA – “Jair Bolsonaro é preso preventivamente após decisão do STF, reforçando a integridade da democracia e os riscos de tentativa de fuga.”

Após a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro, a ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffman, se pronunciou neste sábado, afirmando que a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) e da Procuradoria-Geral da República (PGR) seguiu todas as exigências legais necessárias. A ministra destacou que a medida foi motivada pela necessidade de garantir a ordem pública e prevenir riscos de fuga do ex-presidente, que ocupa uma posição central na investigação sobre uma tentativa de golpe de Estado no Brasil.

Hoffman salientou que a ordem de prisão, exposta pelo ministro Alexandre de Moraes, considerou a possibilidade real de que Bolsonaro tentasse escapar das consequências de sua condenação, prevista para ser ratificada em breve. Em suas declarações, a ministra também lembrou os antecedentes de um processo marcado por tentativas de obstrução da Justiça, referências que incluem episódios de violência e ameaças à integridade do sistema judicial.

O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Guilherme Boulos, também fez uso das redes sociais para reforçar a mensagem de que “ninguém está acima da democracia”, enfatizando que não é aceitável trair a pátria impunemente. Para Boulos, a prisão de Bolsonaro representa um marco significativo na história do país, simbolizando um rechaço à ditadura e uma reafirmação do compromisso democrático.

Um dia antes de sua detenção, Boulos já havia comentado sobre a fuga de outros aliados de Bolsonaro, que deixaram o Brasil para escapar das consequências legais. Ele se questionou sobre a coragem do ex-presidente, insinuando que Bolsonaro só não havia fugido devido à sua prisão domiciliar.

A prisão preventiva de Bolsonaro foi executada em resposta a uma convocação para uma vigília nas proximidades de sua residência, o que poderia gerar agitações e permitir uma tentativa de fuga. Durante a madrugada, foi registrada uma tentativa de violação da tornozeleira eletrônica do ex-presidente, o que reforçou a necessidade de medidas constritivas.

A audiência de custódia de Bolsonaro está marcada para o dia seguinte à sua detenção, e sua defesa anunciou que pretende recorrer da decisão. O ex-presidente foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão no contexto da tramitação penal relacionada à sua suposta participação em uma tese golpista. Desde agosto, Bolsonaro cumpria prisão domiciliar, aceitando restrições severas, como o uso de tornozeleira eletrônica e a proibição de contato com embaixadas e redes sociais. Com isso, a situação política e judicial envolvendo o ex-presidente continua a provocar intensos debates e reações na sociedade brasileira.

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