Vilardi também chamou a atenção para o estado de saúde fragilizado de Bolsonaro, argumentando que tal medida pode representar um risco à sua vida. O advogado anunciou que a defesa está preparando um recurso para contestar a decisão judicial, acreditando que as circunstâncias atuais não justificam uma ação tão severa. Em sua análise, a prisão se baseia em uma vigília de orações convocada por apoiadores nas proximidades de sua residência, o que, segundo Vilardi, é um legítimo exercício do direito à reunião garantido pela Constituição de 1988.
A decisão de prisão preventiva foi proferida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, em resposta a essa convocação, sob a alegação de que a reunião poderia desencadear tumultos e facilitar uma potencial fuga do réu. Moraes afirmou que o Centro de Integração de Monitoração Integrada do Distrito Federal havia relatado uma violação na tornozeleira eletrônica de Bolsonaro na madrugada de hoje, reforçando a percepção de que o ex-presidente poderia estar tentando romper o dispositivo de monitoramento.
Bolsonaro foi condenado a 27 anos e três meses de prisão em decorrência de sua participação em um esquema associado a tentativas de desestabilização do sistema político nacional. Desde 4 de agosto, ele vem cumprindo prisão domiciliar, onde foi proibido de acessar embaixadas e consulados, manter contato com autoridades estrangeiras e utilizar redes sociais, direta ou indiretamente. Com a possibilidade de que as penas sejam executadas nas próximas semanas, a situação jurídica do ex-presidente se complica ainda mais, refletindo um ambiente político tenso e polarizado no país.









