POLÍTICA – Greve prolongada de professores e técnicos em universidades federais recebe críticas do presidente Lula por falta de acordo de recomposição salarial.



O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se pronunciou nesta segunda-feira (10) sobre a prolongada greve dos professores e técnicos das universidades e institutos federais, destacando a importância dos recursos negociados com o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) para recompor os salários dos docentes e servidores. Durante uma reunião pública com reitores de universidades e institutos federais no Palácio do Planalto, Lula enfatizou que a quantia disponibilizada pela ministra Esther Dweck é fundamental para o fim da greve e o retorno dos alunos às salas de aula.

Neste contexto, o presidente anunciou a destinação de R$ 5,5 bilhões em recursos do Ministério da Educação (MEC) para obras e custeio do ensino técnico e superior, além da construção de novos campi universitários e hospitais universitários federais. Lula ressaltou a importância do diálogo e da coragem das lideranças sindicais para encerrar a greve, destacando que a falta de negociação pode desmoralizar o movimento.

Lembrando de sua experiência sindical nos tempos de líder dos metalúrgicos em São Paulo, Lula enfatizou a necessidade de avaliar os benefícios oferecidos e a urgência de chegar a um acordo. A paralisação, que envolve docentes e servidores de mais de 60 universidades federais e 39 institutos federais, iniciou em abril e traz prejuízos tanto para os estudantes quanto para as instituições de ensino. Os grevistas reivindicam, entre outras demandas, a recomposição salarial de 4,5% ainda este ano.

Durante o evento, representantes das instituições federais pediram que o governo avance nas negociações para encerrar a greve, visando a normalização das atividades acadêmicas. Diversas entidades sindicais estão em processo de negociação com o governo, buscando solucionar as questões remuneratórias e valorizar os profissionais da educação.

Em meio aos debates e reuniões entre as partes envolvidas, o impasse persiste e as negociações continuam. Os servidores técnico-administrativos terão uma nova rodada de negociações, enquanto os professores federais têm um encontro marcado para a próxima semana. O MGI reiterou que as pautas em discussão não se limitam apenas a questões remuneratórias, mas também abrangem melhorias estruturais nas instituições de ensino.

Diante do cenário complexo, as partes envolvidas seguem em busca de um entendimento que atenda aos interesses dos professores, servidores e estudantes das universidades e institutos federais, visando o restabelecimento da normalidade das atividades acadêmicas e o fortalecimento do ensino no país.

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