Durante a audiência, o ministro expressou sua preocupação com a disseminação de notícias falsas e desinformação que, segundo ele, têm o objetivo de prejudicar a capacidade de resposta governamental diante da tragédia que assola o Rio Grande do Sul. Pimenta ressaltou que a intenção do governo ao acionar a Polícia Federal foi combater essa “indústria de mentiras” e garantir que as ações de resgate e salvamento não fossem comprometidas.
No entanto, a ação do governo gerou críticas de deputados de oposição, que levantaram preocupações sobre a liberdade de expressão e o uso da PF para silenciar opositores. A deputada Bia Kicis, por exemplo, argumentou que a investigação estaria mirando cidadãos que apenas expressaram sua insatisfação com a atuação do governo federal.
Durante as discussões, Pimenta enfatizou a importância de distinguir o debate político da propagação de fake news, afirmando que a PF, o Ministério Público e o Poder Judiciário seriam responsáveis por avaliar se h ocorreu algum crime nas postagens em questão. O ministro ainda assegurou que aqueles que não cometeram crimes não têm motivos para temer as investigações.
Além disso, Pimenta foi questionado sobre o uso de um helicóptero das Forças Armadas para se deslocar, bem como sobre sua presença em uma churrascaria em Porto Alegre. O ministro defendeu suas ações, justificando que o transporte estava disponível para sua equipe e que o encontro com empresários fazia parte de compromissos pré-agendados.
Apesar das argumentações do ministro, parlamentares da oposição o criticaram por não responder a todas as perguntas antes de deixar a audiência, o chamando de “fujão”. A controvérsia em torno da investigação das fake news no contexto das enchentes no Rio Grande do Sul continua a gerar debates acalorados entre os membros do governo e da oposição.