Mais cedo, o governador participou de conversas significativas com a ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, e o ministro da Casa Civil, Rui Costa. Durante a reunião, Castro discutiu a Operação Contenção, que ocorreu nos Complexos do Alemão e da Penha. Esta operação resultou em um desfecho trágico, com a confirmação de 64 mortes, sendo quatro delas de policiais, além de um considerável número de policiais civis e militares feridos. A operação também teve como resultado a apreensão de 93 fuzis e a detenção de 86 suspeitos.
O governador ressaltou a colaboração do governo federal na luta contra a criminalidade, destacando sua boa relação com os ministros envolvidos. Ele mencionou que estava alinhado com as autoridades federais e que buscaria apoio contínuo para resolver a crise de segurança. “Qualquer ajuda que o governo federal puder oferecer será bem-vinda”, afirmou.
Em relação à operação desencadeada, Castro enfatizou que não houve precipitação na ação e que o trabalho da polícia seguiu todos os trâmites legais necessários, com planejamento e supervisão do Ministério Público. A operação foi resultado de uma investigação minuciosa que durou mais de um ano e foi cuidadosamente orquestrada ao longo de dois meses.
Naquela mesma noite, a operação prosseguia com confrontos entre agentes do BOPE e criminosos na área de mata da localidade denominada Vacaria, que integra o Complexo do Alemão. Em um contexto de tensão e insegurança, a empresa de transporte público, Rio Ônibus, relatou que 71 ônibus foram usados como barreiras em diversas partes da cidade, dificultando a intervenção das forças de segurança. O clima de incerteza e violência continua a ser uma preocupação crescente para os residentes da região e para as autoridades locais.
