Ibaneis Rocha fez questão de esclarecer, com o respaldo de dados oficiais, que essa percepção distorce a realidade da capital brasileira. Em sua mensagem, ele citou informações do Atlas da Violência 2024, um estudo elaborado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. De acordo com o levantamento, Brasília apresentou, no ano anterior, uma taxa de 6,9 homicídios por cada 100 mil habitantes, situando-se como a terceira menor taxa entre todas as capitais do Brasil. O governador destacou que tal resultado é um indicativo de políticas públicas efetivas implementadas no local.
Em sua carta, Ibaneis também mencionou uma reunião recente que promoveu com governadores de diversas regiões do Brasil. O intuito do encontro foi fomentar um diálogo proativo com o governo dos Estados Unidos para minimizar tensões e fortalecer a cooperação entre os dois países. Segundo ele, a colaboração é essencial para evitar impactos negativos sobre a economia nacional.
Esse intercâmbio de opiniões se intensifica em um contexto em que Trump anunciou uma intervenção federal na segurança de Washington, D.C., justificando sua ação pela alegação de que a violência na capital norte-americana estava fora de controle. O presidente citou que a criminalidade em Washington superava a de várias capitais mundiais, incluindo Brasília, posicionando a cidade brasileira em um contexto desfavorável.
Por sua vez, a prefeita da Cidade do México, Clara Brugada, reagiu aos comentários de Trump ao ressaltar que sua cidade também foi mencionada. Brugada apresentou dados que demonstram que a taxa de homicídios na Cidade do México, em 2024, foi de 10 por 100 mil habitantes, o que representa uma queda significativa em comparação com a taxa de mais de 27 homicídios por 100 mil habitantes em Washington. Essas comparações reiteram a complexidade do debate sobre segurança urbana em diferentes metrópoles e a importância de informações precisas na formulação de políticas públicas.
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