POLÍTICA – Exposição “Ausências Brasil” retrata impacto da ditadura militar em famílias brasileiras; mostra em cartaz na USP até maio.

A exposição “Ausências Brasil” traz à tona as histórias de famílias impactadas pelas mortes e desaparecimentos forçados durante a ditadura no Brasil. Uma imagem em preto e branco, tirada muitos anos atrás, mostra o jovem Bergson Gurjão Farias ao lado da noiva, Simone, e da irmã, Tânia, em Fortaleza. Na segunda foto, mais recente e colorida, Tânia e Simone recriam a cena, porém sem a presença de Bergson, que foi morto durante a Guerrilha do Araguaia em 1972.

A mostra, que está em cartaz no Centro MariAntônia, da Universidade de São Paulo, tem entrada gratuita e busca mostrar as consequências e reflexos da ditadura militar no país. As fotografias produzidas pelo argentino Gustavo Germano, em parceria com o Núcleo de Preservação da Memória Política, revelam o impacto do regime autoritário em 12 famílias brasileiras.

O objetivo da exposição é promover a reflexão sobre o abuso de poder e a violência estatal durante o período da ditadura, além de discutir como essas questões reverberam na sociedade até os dias de hoje. “Ausências Brasil” permanecerá em cartaz até o dia 16 de maio, e é uma continuação do trabalho iniciado por Gustavo Germano em 2007, quando retratou as consequências da ditadura argentina por meio de fotos que mostravam a presença das ausências dos desaparecidos e assassinados naquele período.

Para mais informações sobre a exposição e a programação do Centro MariAntônia, acesse o site oficial. Essa é uma oportunidade de refletir sobre um período sombrio da história do Brasil e homenagear aqueles que perderam suas vidas em defesa da democracia e dos direitos humanos.

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