A operação visa apurar irregularidades relacionadas ao desvio de recursos do Fundo Nacional de Assistência Social (FNAS) que foram destinados à administração de Caumo durante as enchentes do mês de maio de 2024. A atuação da PF está centrada na análise de licitações que ocorreram na prefeitura de Lajeado, incluindo a contratação de empresas para serviços como psicologia, assistência social e outras atividades essenciais.
Em suas redes sociais, Caumo afirmou que sua decisão de se afastar do cargo se deu para que ele possa se dedicar a esclarecer as acusações que pesam sobre ele. Em sua declaração, expressou um sentimento de injustiça, mesmo sem ter acesso total aos detalhes do processo que envolve as investigações. Caumo foi prefeito de Lajeado entre 2017 e 2023 e assumiu o cargo de secretário em abril deste ano.
De acordo com as informações divulgadas pela Polícia Federal, as investigações indicam que houve irregularidades no processo licitatório da prefeitura, que, sob a alegação de estado de calamidade pública, dispensou a licitação para a contratação de serviços. A PF levantou indícios de que a escolha da empresa investigada não seguiu o princípio do melhor custo-benefício e que os valores contratados superavam as médias do mercado, totalizando aproximadamente R$ 120 milhões.
Vale lembrar que Lajeado foi uma das cidades mais afetadas pelas enchentes no estado, o que gerou uma grande demanda por serviços de assistência. Em contrapartida, o governo do Rio Grande do Sul se posicionou, afirmando que as investigações não têm relação com a atuação de Caumo enquanto estava à frente do Desenvolvimento Urbano e Metropolitano do estado, buscando separar a sua vida pública atual das alegações do passado. O desdobramento dessa investigação deverá ser acompanhado de perto pela opinião pública e pela comunidade local, que anseia por transparência e justiça.
