Durante a reunião, Nancy Hernandéz destacou a importância dos desafios relacionados às mudanças climáticas e o alcance do tema entre os processos da Corte, com a participação de mais de 600 organizações de diversos países. O presidente Lula reforçou o compromisso do governo em acabar com o desmatamento ilegal na Amazônia até 2030 e ressaltou a parceria com os municípios da região para o desenvolvimento sustentável e a preservação ambiental.
Além da crise climática, outros temas abordados no encontro foram a força-tarefa criada no território Yanomami para proteção dos indígenas e do meio ambiente, e a reconstrução do Rio Grande do Sul após as fortes chuvas que atingiram a região recentemente. O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, também participou das discussões.
A CIDH está realizando o 167º Período de Sessões da Corte no Brasil, que inclui seminários, encontros com autoridades e audiências em Brasília e Manaus. Nesta sexta-feira (24), será realizada uma audiência pública sobre o Parecer Consultivo sobre Emergência Climática e Direitos Humanos.
A Corte Interamericana de Direitos Humanos é um tribunal regional de proteção dos direitos humanos, que tem como objetivo aplicar a Convenção Americana sobre Direitos Humanos. Esta convenção prevê liberdades e direitos que devem ser respeitados pelos países signatários, sendo o Brasil um deles, junto a outros países da América Latina. A importância do encontro entre o presidente Lula e a CIDH reforça a relevância do tema das mudanças climáticas e sua relação com os direitos humanos no cenário atual.