No início de março deste ano, Eduardo decidiu solicitar uma licença do mandato e se mudar para os Estados Unidos, alegando perseguição política como a principal razão para essa decisão. Hoje, a licença de 120 dias chega ao fim, o que significa que, segundo o Regimento Interno da Câmara dos Deputados, ele corre o risco de ter seu mandato cassado caso não retorne ao Brasil.
Durante a live, Eduardo garantiu que conseguirá manter seu mandato por mais três meses, sem vislumbrar qualquer possibilidade de renúncia. “Não vou fazer nenhum tipo de renúncia. Se eu quiser, consigo levar meu mandato pelo menos até os próximos três meses”, afirmou. Essa assertividade reflete não apenas sua determinação, mas também a confiança que ele parece ter em sua capacidade de gerenciar a situação enquanto lida com os desafios legais que se avizinham.
No âmbito judicial, Eduardo está sob investigação pelo Supremo Tribunal Federal (STF) devido à sua atuação junto ao governo norte-americano. Ele é acusado de tentar promover medidas de retaliação contra o Brasil e ministros da Corte, buscando bloquear o andamento de um inquérito que envolve seu pai, Jair Bolsonaro, como um dos réus.
Durante a transmissão, Eduardo não deixou de criticar o ministro Alexandre de Moraes, insinuando ironicamente sobre a recente decisão de Donald Trump que suspendeu vistos de ministros do STF. Ele ainda se referiu a ações do próprio Moraes, que declarou que Eduardo “intensificou as condutas ilícitas”. A tensão entre eles parece só aumentar, especialmente com Moraes determinando que postagens e entrevistas recentes de Eduardo fossem incorporadas ao processo investigativo.
Além disso, o deputado manifestou apoio a uma possível anistia para Jair Bolsonaro, expressando sua disposição em lutar até as últimas consequências em defesa de seu pai. “Não haverá recuo. Não estou aqui para isso”, enfatizou, demonstrando que está preparado para enfrentar os desafios que lhe aguardam.
Recentemente, Jair Bolsonaro foi alvo de uma operação da Polícia Federal, que resultou em medidas restritivas, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica, tudo gerado em meio a preocupações sobre uma possível fuga em relação ao processo judicial em que está envolvido. Ele é réu em um inquérito sobre a tentativa de golpe de Estado ocorrida em 2022 e deve ser julgado pelo STF em setembro.
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