A decisão de apresentar o pedido de impeachment veio logo após uma declaração polêmica de Lula, na qual comparou as ações militares de Israel na Faixa de Gaza ao Holocausto durante a 2ª Guerra Mundial. Tal fala gerou forte repercussão e revolta entre alguns setores da sociedade, o que motivou os parlamentares a buscar meios para responsabilizar o presidente.
De acordo com os deputados autores do pedido, a declaração de Lula configura um crime de responsabilidade, conforme previsto no artigo 5° da Constituição Federal, no qual é citado que é crime cometer ato de hostilidade contra nação estrangeira, expondo a República ao perigo da guerra.
Diante da polêmica, membros do governo, incluindo ministros, deputados e senadores da base governista, saíram em defesa de Lula. Para eles, o presidente apenas buscou chamar a atenção para as mortes de civis palestinos na Faixa de Gaza e não teve a intenção de ofender ou criticar o povo judeu.
A decisão sobre a abertura do processo de impeachment agora está nas mãos do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), que terá que analisar a fundamentação do pedido e decidir se o encaminhará para votação no plenário. O desdobramento desse episódio promete agitar o cenário político nas próximas semanas.