Durante a coletiva, realizada no Salão Verde da Câmara dos Deputados, o parlamentar disse: “Não há nada de contrato ilícito. Não há lavagem de dinheiro”. Essas declarações foram feitas em resposta a indícios levantados pela Polícia Federal sobre contratos que envolvem o aluguel de veículos destinados ao seu gabinete. Sóstenes garantiu que a origem do dinheiro encontrado será validada por sua equipe jurídica, afirmando que todas as movimentações foram registradas.
No entanto, o deputado se mostrou evasivo ao ser questionado sobre a data da venda do imóvel e por quanto tempo manteve o dinheiro em casa. Ele justificou que, devido às intensas atividades do seu trabalho, não teve a oportunidade de fazer o depósito no banco. “Ninguém pega dinheiro ilícito e bota dentro de casa”, reforçou o líder do PL, ao discutir a questão.
Além disso, Cavalcante não revelou a localização do imóvel, destacando a importância da privacidade nas transações imobiliárias. Quando o assunto foram os carros alugados pelo gabinete, ele afirmou que os veículos são utilizados de maneira regular, contestando a possibilidade de envolvimento em lavagem de dinheiro. “Os carros sempre estiveram aqui. As câmeras de segurança podem comprovar”, sublinhou.
Em relação à locadora contratada, que, segundo a investigação, parece não existir no endereço declarado, Sóstenes admitiu não estar por dentro dos detalhes do contrato, mas assegurou que suas principais instruções à equipe eram buscar os melhores preços, evitando sobrepreços.
O deputado não hesitou em mencionar que considera a investigação uma tentativa de perseguição a opositores. Segundo ele, o intuito seria criar uma “cortina de fumaça” com foco em figuras da esquerda, especialmente com a proximidade das eleições de 2026. Sóstenes Cavalcante foi alvo da Operação Galho Fraco, que investiga os mencionados desvios nas verbas do aluguel de carros mediante cota parlamentar.
A operação, conduzida pela Polícia Federal, resultou em pelo menos sete mandados de busca e apreensão em diferentes locais ligados ao deputado, com autorização do Supremo Tribunal Federal. As investigações revelam a existência de movimentações financeiras suspeitas, somando R$ 28,6 milhões, ligadas a Sóstenes e a pessoas do seu círculo familiar e profissional.
