POLÍTICA – Deputado federal Chiquinho Brazão é expulso do União Brasil após ser preso sob suspeita de mandar matar Marielle Franco



A Executiva Nacional do União Brasil anunciou a expulsão do deputado federal Chiquinho Brazão (RJ) do partido, por unanimidade. A decisão foi tomada após sua prisão, sob suspeita de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco. Em comunicado divulgado pela legenda, foi informado que Brazão teve sua filiação partidária cancelada devido a condutas ilícitas previstas no estatuto do partido.

Segundo a nota, as condutas que levaram à expulsão de Chiquinho Brazão incluem atividades políticas contrárias ao Estado Democrático de Direito, ao Regime Democrático e aos interesses partidários, falta de cumprimento dos deveres inerentes às funções públicas e partidárias, além de violência contra a mulher. A representação contra o deputado foi feita pelo deputado federal Alexandre Leite e relatada pelo senador Efraim Filho.

O presidente do União Brasil, Antonio de Rueda, solicitou a abertura de um processo disciplinar contra o parlamentar suspeito de envolvimento no caso Marielle. O partido manifestou repúdio a crimes que atentam contra o Estado Democrático de Direito, em especial aqueles que envolvem violência contra a mulher, demonstrando solidariedade às famílias de Marielle e Anderson.

Chiquinho Brazão, que está em seu segundo mandato na Câmara dos Deputados, foi eleito em 2022 com mais de 77 mil votos. Antes disso, ele foi vereador no Rio de Janeiro por quatro mandatos consecutivos. Ele é um dos três acusados de ter ordenado o assassinato de Marielle Franco, ocorrido em março de 2018, juntamente com o motorista Anderson Gomes.

O deputado agora aguarda a decisão do plenário da Câmara dos Deputados em relação à sua prisão, conforme estabelece a Constituição Federal. Deputados e senadores são invioláveis por opiniões, palavras e votos, não podendo ser presos, exceto em flagrante de crime inafiançável. Nesses casos, a maioria absoluta da Casa deve decidir sobre a prisão em votação aberta.

As investigações apontam que a motivação por trás do assassinato de Marielle relaciona-se a questões fundiárias envolvendo as milícias do Rio de Janeiro. O relatório da Polícia Federal revela desentendimentos entre Marielle Franco e o grupo político de Chiquinho Brazão acerca de um projeto de lei que visava regularizar terras na capital fluminense.

Chiquinho Brazão divulgou uma nota em que se declara surpreso pelas especulações e afirma que seu relacionamento com Marielle sempre foi amistoso. A história continua a se desdobrar conforme o caso é investigado e novas informações vêm à tona.

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