Em seu parecer apresentado no Conselho de Ética da Câmara, Rocha argumentou que as acusações contra o deputado mancham a imagem do Legislativo e comprometem a confiança dos cidadãos na capacidade da Casa de legislar com integridade. Ela destacou a suposta ligação de Brazão com a milícia carioca e ressaltou as evidências apresentadas pela Polícia Federal, que indicam um quadro perturbador de corrupção e crime organizado.
Para que o mandato de Chiquinho Brazão seja cassado, o parecer da deputada Rocha precisa ser aprovado tanto no Conselho de Ética quanto no plenário da Câmara. A relatora também mencionou a oposição de Marielle Franco às atividades ilegais das milícias como possível motivação para o assassinato.
Durante a sessão, o deputado Brazão, que atualmente está preso, defendeu sua inocência e negou qualquer envolvimento com a milícia do Rio de Janeiro. Ele argumentou que era amigo de Marielle e que não teria motivos para ordenar seu assassinato. Seu advogado, Cleber Lopes, solicitou a suspensão do processo no Conselho por seis meses, enquanto o Supremo Tribunal Federal analisa a denúncia contra o cliente.
O caso Marielle Franco, que chocou o país em março de 2018, continua sendo investigado e novas reviravoltas podem ocorrer à medida que mais informações são reveladas. A Procuradoria-Geral da República denunciou não apenas Chiquinho Brazão como mandante, mas também seu irmão e o ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro.
A tragédia envolvendo Marielle Franco revela o lado obscuro da política brasileira e ressalta a importância da transparência e integridade no exercício do poder legislativo. A população aguarda ansiosamente por justiça e pela punição dos responsáveis por esse crime bárbaro.