O deputado Diego Coronel, corregedor da Câmara, ficou responsável pela análise das gravações e fotografias do evento, programada para ser concluída na próxima quarta-feira. Coronel já adiantou que sua investigação poderá resultar em novas denúncias, dependendo das evidências coletadas. A natureza da abordagem à situação de Jara difere das ações recentes da Câmara, onde outros deputados já enfrentaram trâmites diretos ao Conselho de Ética, como foi o caso de Gilvan da Federal e André Janones, cujo afastamento foi tratado de forma mais incisiva.
A confusão entre Jara e Ferreira foi descrita como um “empurra-empurra”, um incidente que a assessoria da deputada nega ser uma agressão, alegando que a parlamentar apenas tentou afastar Ferreira, que, em seguida, “pode ter se desequilibrado”. A situação gerou tensão, e o PL chegou a anunciar uma representação contra Jara, mas à noite a Mesa Diretora declarou que todas as denúncias foram encaminhadas à Corregedoria.
Por outro lado, a edição do Diário Oficial da Câmara não registrou a representação contra Jara, ao contrário de outras denúncias que envolvem 14 parlamentares oposicionistas. Até o momento, Camila Jara não se pronunciou publicamente sobre o ocorrido, enquanto colegas, como a deputada Érika Hilton do PSOL, manifestaram apoio à parlamentar. Hilton destacou a discrepância nas informações divulgadas e o caráter frágil das evidências contra Jara, ressaltando a necessidade de um olhar mais atento sobre a situação.
A Câmara dos Deputados se prepara para seguir com as apurações, enquanto a pressão política e o ambiente conturbado continuam a pairar sobre os envolvidos. Com a análise das imagens e o desdobramento das investigações, novas reviravoltas são esperadas.