Sílvio Almeida ocupava o cargo de ministro desde o início de janeiro de 2023 e foi demitido após denúncias de assédio sexual. A Coalizão Negra por Direitos, que reúne mais de 200 organizações do movimento negro brasileiro, manifestou solidariedade à ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, apontada como uma das vítimas, e às demais mulheres que alegaram terem sido vítimas de violência atribuída a Almeida.
A organização ressaltou que, apesar do currículo acadêmico e visibilidade nas redes, Sílvio Almeida era visto com reservas por lideranças do movimento negro. Em 2020, após o assassinato de João Alberto Freitas em um supermercado Carrefour em Porto Alegre, o então ministro assumiu a condução do Comitê de Diversidade do Carrefour.
As denúncias contra o ministro se tornaram públicas através do portal de notícias Metrópoles e foram confirmadas pela organização Me Too. Mulheres afirmaram ter sido assediadas por Almeida, incluindo a ministra Anielle Franco. Almeida foi convocado para prestar esclarecimentos aos órgãos competentes e a Comissão de Ética da Presidência da República iniciou um procedimento para apurar as acusações.
A Polícia Federal também abriu investigações sobre as denúncias e o governo federal reconheceu a gravidade do caso, tratando-o com rigor e celeridade. Em nota divulgada à imprensa, Sílvio Almeida repudiou as acusações, chamando-as de mentiras e ilações absurdas. A população aguarda os desdobramentos desta polêmica demissão e as investigações em curso.