Outro depoimento relevante foi o da ex-integrante do Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS), Tonia Andrea Inocentini Galleti. Ela foi convocada para explicar as razões que teriam levado ao bloqueio de suas denúncias e solicitações de regulamentação dos Acordos de Cooperação Técnica (ACTs) estabelecidos com diversas associações e sindicatos. Sua oitiva é fundamental, pois atende a requerimentos de diversos parlamentares que desejam entender as falhas e omissões que ocorreram nas esferas decisórias do sistema previdenciário.
A convocação de Gomes baseia-se em investigações feitas pela Polícia Federal e pela Controladoria Geral da União (CGU), que o apontam como um dos principais operadores de um esquema de fraudes. Nos últimos dois anos, a atuação da ABCB levantou sérias suspeitas, com indícios de que a associação teria servido como fachada para práticas financeiras irregulares. A situação é alarmante, considerando que muitos aposentados foram afetados sem que tivessem a plena consciência do que estava acontecendo.
A CPMI já havia se deparado com impasses em depoimentos anteriores, como o do ex-presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, que optou por não responder às perguntas dos parlamentares, amparado por um habeas corpus que o protegia de se incriminar. Durante seu relato inicial, Stefanutto destacou o trabalho da equipe do INSS e as medidas adotadas para mitigar problemas, tais como os longos períodos de espera para análise de benefícios e irregularidades nos descontos.
As investigações continuam a revelar um cerne complexo e preocupante de desvios no sistema previdenciário, o que reforça a importância da atuação da CPMI para salvaguardar os direitos dos beneficiários e promover a transparência nas práticas do INSS. A sociedade observa atentamente o desenrolar desses depoimentos, na esperança de que as responsabilidades sejam devidamente apuradas e os direitos dos aposentados, respeitados.