As acusações contra Cunha ganharam força a partir do depoimento do empresário John Textor, dono do Botafogo, que também foi realizado em uma sessão secreta em abril. Textor afirmou aos parlamentares que possui evidências de manipulação de partidas do Campeonato Brasileiro de futebol das temporadas de 2022 e 2023, com base em análises da empresa francesa Good Game!, que utiliza inteligência artificial para avaliar a arbitragem.
Durante a reunião reservada, o dono do Botafogo teria fornecido informações sobre possíveis envolvidos no esquema, incluindo jogadores, árbitros e dirigentes. Textor ressaltou que as provas apresentadas não se referem a pagamentos em dinheiro, mas sim à forma como os jogos são manipulados, sem entrar no motivo por trás das ações.
O empresário também mencionou a existência de um áudio comprometedor envolvendo um árbitro, e confirmou que clubes como São Paulo e Palmeiras teriam sido beneficiados pelo esquema, porém sem acusar diretamente as equipes ou seus dirigentes.
Ao justificar a necessidade da sessão secreta, o senador Carlos Portinho enfatizou a importância da confidencialidade para garantir a colaboração efetiva do depoente e preservar a integridade do processo de investigação. Segundo ele, é fundamental oferecer um ambiente seguro para que Glauber do Amaral Cunha possa compartilhar informações cruciais sem medo de retaliações.
As revelações feitas durante esta sessão sigilosa podem ter um impacto significativo nas investigações em curso e levantar novas questões sobre a integridade e transparência no universo do futebol brasileiro. O desenrolar deste caso certamente será acompanhado com atenção pelo público e pelos órgãos competentes, em busca de esclarecimentos e medidas que possam coibir práticas ilícitas no esporte.
