O senador Romário expressou o desejo da CPI em esclarecer as operações das casas de apostas no país, identificar possíveis manipulações nos resultados e determinar os responsáveis por essas práticas. “As pessoas aqui querem, definitivamente, colocar tudo a limpo, querem abrir as caixas pretas dessas casas de apostas que existem no nosso país”, declarou Romário durante a instalação da CPI.
Com um prazo de 180 dias para apresentar um relatório com os resultados das investigações, o presidente Jorge Kajuru determinou que as reuniões da Comissão ocorram nas segundas e quartas-feiras. A próxima reunião foi marcada para a próxima quarta-feira (17), onde o plano de trabalho da investigação será votado.
Kajuru mencionou a possibilidade de o presidente do Botafogo, John Textor, ser o primeiro a prestar depoimento à CPI devido às denúncias de manipulação de jogos que têm sido feitas. “Todo o Brasil espera, de repente, ele aqui nessa CPI porque estou confiando nele. Acho que ele realmente tem bala na agulha”, declarou o presidente da CPI.
A CPI das Apostas Esportivas foi criada com o motivo principal de proteger a integridade do esporte brasileiro diante dos riscos apresentados pelas apostas esportivas. A investigação teve como base um relatório da empresa de tecnologia esportiva SportRadar, que apontou 109 partidas suspeitas de manipulação no futebol brasileiro em 2023.
Além disso, o senador Eduardo Girão, ex-presidente do clube Fortaleza, foi escolhido como vice-presidente da CPI. Girão ressaltou a ameaça que as apostas esportivas representam para o esporte brasileiro e defendeu a possibilidade de banir permanentemente aqueles que estiverem envolvidos em manipulações esportivas.
Com essas diretrizes, a CPI das Apostas Esportivas inicia seus trabalhos com o objetivo de investigar e coibir práticas prejudiciais à integridade e honestidade no cenário esportivo do país.
