O relator da CPI, senador Rogério Carvalho (PT-SE), justificou a quebra de sigilo de Mauro Henrique afirmando que o diretor da ANM tem atrapalhado as investigações da Comissão ao agir de forma a dificultar o acesso a informações e repassar dados incompletos. A CPI investiga as responsabilidades pelo afundamento de bairros em Maceió decorrentes das atividades da Braskem na região, e o relator apontou a omissão da ANM na fiscalização das empresas do setor, que resultou em tragédias como as de Maceió, Brumadinho e Mariana.
Além da quebra de sigilo de Mauro Henrique e Victor Hugo, a CPI também autorizou a quebra de sigilo do ex-diretor-geral da ANM, Victor Hugo Froner Bicca, para o período de 2011 a 2024. A Comissão também investigará o período de 2010 a 2024 de José Antônio Alves dos Santos, superintendente de fiscalização da ANM, e Walter Lins Arcoverde, ex-diretor de fiscalização do extinto Departamento Nacional de Pesquisa Mineral.
A CPI aprovou novos depoimentos, incluindo uma acareação entre Thales Sampaio, ex-diretor do Serviço Geológico do Brasil, e o presidente da Braskem, Roberto Bischoff, após o depoimento do presidente. A acareação foi sugerida devido às acusações de Sampaio contra a Braskem por falhas nos monitoramentos das minas de sal-gema em Maceió. Outros depoimentos aprovados incluem representantes do Ministério Público, da Defesa Civil, engenheiros e líderes comunitários.
A CPI continua seus trabalhos em busca da verdade sobre as responsabilidades nas tragédias ambientais e sociais decorrentes das atividades da Braskem e das falhas na fiscalização do setor de mineração. Novas informações e desdobramentos são aguardados nas próximas semanas.