O caso que levou ao processo de quebra de decoro envolveu acusações de que Janones estaria envolvido em práticas de “rachadinha”, cobrando parte do salário de seus funcionários do gabinete. A denúncia teve como base uma reportagem publicada pelo portal Metrópoles, a qual Janones refutou alegando que o áudio apresentado na matéria foi adulterado por seu ex-assessor. Segundo o deputado, quando confrontado pela Polícia Federal, o ex-assessor negou a existência da prática de “rachadinha”, alegando que suas declarações à imprensa não são vinculantes em juízo.
O relator do processo, Guilherme Boulos (PSOL/SP), defendeu o arquivamento argumentando que a questão é de isonomia, já que outros casos no Conselho também foram arquivados devido aos fatos serem anteriores à legislatura atual. Enquanto isso, o deputado Cabo Gilberto Silva (PL-SP) apresentou um relatório separado pedindo a continuação das investigações, argumentando que as denúncias só vieram a público durante a atual legislatura.
Além dos debates acalorados durante a sessão, a tensão se intensificou após o arquivamento, resultando em uma briga entre Janones e Nikolas Ferreira nos corredores da Câmara dos Deputados. Vídeos que circularam nas redes sociais mostram Janones desafiando Nikolas para uma briga fora do plenário, sendo contidos por assessores antes que a situação saísse do controle.
A confusão e a troca de acusações durante a sessão no Conselho de Ética evidenciam a polarização e as disputas políticas que permeiam o cenário parlamentar brasileiro, refletindo a tensão e o atrito entre os diferentes grupos ideológicos representados na Casa. A decisão final sobre o caso de Janones deverá ser tomada pela Justiça, enquanto os desdobramentos dessa briga política continuam a gerar repercussões no ambiente legislativo do país.