POLÍTICA – Conselho de Ética da Câmara arquiva representação contra Glauber Braga por quebra de decoro parlamentar em confusão na reunião.

O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados tomou uma decisão importante nesta quarta-feira (12), ao arquivar a representação por quebra de decoro parlamentar feita pelo Partido Liberal (PL) contra o deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ). O processo disciplinar foi instaurado após acusações de agressão física feitas por Abílio Brunini (PL-MT) contra Braga, durante uma reunião da Comissão de Direitos Humanos, Minorias e Igualdade Racial, que discutia a crise humanitária na Faixa de Gaza.

Segundo as alegações, Brunini teria criticado a presença de manifestantes na sala da reunião, incluindo parlamentares de esquerda, que protestavam contra a ofensiva militar de Israel. Durante a confusão que se formou, Braga teria tentado retirar Brunini do local, resultando em um empurrão.

O relator do processo, deputado federal Ricardo Ayres (Republicanos-TO), concluiu que não houve tentativa de agressão, mas sim uma violação das regras de boa conduta. De acordo com o Código de Ética da Câmara, atos que violem o decoro parlamentar nas dependências do Parlamento configuram infração punível com censura verbal.

Após a decisão, Braga afirmou que não se arrepende de suas ações, destacando que agiu movido pela indignação diante da situação. Por outro lado, Brunini acredita que a decisão do Conselho de Ética fortalece a proposta do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), de permitir a suspensão cautelar do mandato de parlamentares acusados de quebra de decoro parlamentar.

Para Brunini, o episódio evidencia a necessidade de medidas mais rígidas em casos semelhantes. Ele criticou a postura de Braga, que considera não reconhecer seus erros e recorrer ao confronto físico em situações de discordância. A discussão em torno do episódio e das medidas a serem adotadas reflete a importância do debate sobre o respeito às normas de conduta no âmbito parlamentar.

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