Outro membro da Comissão, o deputado Otoni de Paula, do MDB, também manifestou apoio à federalização das investigações. Ele descreveu a operação como desastrosa, insinuando que poderia ter motivações políticas. Para Otoni, é imperativo que a Comissão de Direitos Humanos atue para iluminar todos os aspectos da investigação. Embora tenha expressado respeito pela Polícia Civil, ele sustentou que a presença da Polícia Federal se faz necessária para garantir um exame verdadeiramente independente.
Além das ações da Câmara dos Deputados, a Comissão Especial de Favelas e Periferias da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro também pediu a federalização das investigações. Sua presidente, Renata Souza, do PSOL, protocolou uma representação junto à Procuradoria-Geral da República exigindo que toda evidência pericial e registros audiovisual sejam preservados. Segundo Renata, o que ocorreu no dia 28 de outubro não foi uma operação de segurança pública, mas uma chacina que violou gravemente os direitos fundamentais da população das favelas.
A deputada apelou à necessidade urgente de uma intervenção externa e imparcial, evidenciando que a vida das pessoas, a integridade das provas e a credibilidade das instituições estão em risco. A pressão das autoridades locais, tanto no comando da operação quanto nas declarações subsequentes, levantam questões sérias sobre a eficácia e a ética das ações do Estado. O panorama delineado por essas duas comissões aponta para um clamor pela justiça e pela responsabilização em um contexto de crescente violência e abusos de poder.
 
  
 








