O novo relator designado para o caso, o deputado Claudio Cajado, deverá recomendar a cassação da parlamentar, que atualmente se encontra detida na Itália. Zambelli fugiu para o país europeu antes da decretação de sua prisão e agora aguarda o desenrolar de uma possível extradição solicitada pelo Brasil. Ela participou da sessão da CCJ por meio de vídeo chamada, reiterando sua defesa enquanto o debate transcorria entre os parlamentares.
A situação de Zambelli ganhou contornos ainda mais complexos quando o deputado Diego Garcia, relator anterior do processo, apresentou um parecer contrário à cassação, fundamentado em um laudo de uma perícia que havia sido contratada pela defesa da deputada. Porém, a votação foi suspensa temporariamente devido a um pedido de vista coletivo.
Na mesma linha, o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias, apontou que acionará o STF com um mandado de segurança, demandando que a Mesa Diretora cumpra as determinações da Corte sobre o caso.
Além disso, no dia seguinte ao tumultuado debate na CCJ, o presidente da Câmara, Hugo Motta, anunciou que apresentará ao plenário os processos referentes a Carla Zambelli e aos deputados Delegado Ramagem e Glauber Braga, ambos já condenados pelo STF. Para que a cassação do mandato de Zambelli seja aprovada, será necessária uma maioria absoluta, que corresponde a pelo menos 257 votos dos 513 parlamentares da Casa.
O cerco em torno da deputada evidencia as ramificações políticas e jurídicas que complicam ainda mais sua situação, revelando a profundidade da crise e as tensões que permeiam o Parlamento. A continuidade deste processo deve aguardar os próximos desdobramentos nas sessões legislativas.
